Estimativa
da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indica que em 2019 mais de 244,8
mil pessoas já vieram a óbito por problemas cardiovasculares no país. Diante
desse índice assustador, apesar de ser o grupo com menor frequência de doenças
do tipo, as mulheres são as principais vítimas fatais de infarto, somando 60%
das mortes, de acordo com informações do Ministério da Saúde.
No
Dia do Cardiologista, comemorado em 14 de agosto, o médico do Hapvida Frederico
Fonseca de Oliveira, alertou para os fatores de risco das doenças
cardiovasculares, direcionando um olhar especial para as mulheres no período
pós menopausa, onde há uma maior vulnerabilidade. “Os cuidados que elas devem
ter não diferem dos cuidados da população como um todo, no período após a menopausa,
que é o período do climatério, a proteção hormonal que as mulheres têm, cessam,
então elas passam a ter os mesmos riscos e às vezes até maiores em relação aos
homens”, aponta o cardiologista.
Frederico
Fonseca de Oliveira sinalizou para os cuidados que não só as mulheres, mas que
toda a população deve ter para evitar problemas no coração. Sedentarismo, fumo,
hipertensão e obesidade são fatores de risco. “Então os cuidados que elas devem
ter é abandonar o hábito de fumar, controlar a pressão arterial, evitar o
sedentarismo, o sobrepeso e a obesidade, manter sempre na normalidade os níveis
de colesterol, saber combater, compensar o stress do dia a dia, que todo mundo
está suscetível”, aponta.
Segundo
o cardiologista, na fase do climatério, as mulheres perdem um pouco da proteção
hormonal, assim, é essencial observar os hábitos e evitam aqueles que são
nocivos à saúde. “Tem que alertar ainda mais ainda sobre esses cuidados porque
ela perdeu um pouco da proteção que os hormônios proporcionavam no período em
que elas estavam menstruando regularmente”, frisa.
Pacientes
oncológicos
O
cardiologista Frederico Fonseca de Oliveira relatou para a necessidade dos
pacientes que estão em tratamento do câncer também realizarem um acompanhamento
com especialistas do coração para evitar qualquer problema. “Em relação às
oncologias de uma maneira em geral, os cânceres de maneira em geral, boa parte
das drogas que se usa para o tratamento do câncer, a famosa quimioterapia,
podem agredir o coração. Então essas mulheres, não só elas, mas também os
homens precisam ter um acompanhamento especializado para evitar que essas
complicações surjam ao permitir que elas sejam detectadas precocemente para
prevenir o risco”, disse.
Uso
de hormônios
O
médico também fez um alerta quanto ao uso de hormônio para o aumento na
proteção cardiovascular, sinalizando que tal prática pode ter o efeito inverso.
“Muitas vezes as mulheres usam o hormônio para aumentar a proteção
cardiovascular, mas os trabalhos que ainda estão um pouco controversos, mas o
que se sabe até o momento é que esses hormônios aumentam o risco cardiovascular
e para isso precisa ter um acompanhamento muito próximo de um especialista, no
caso o cardiologista”, disse o profissional do Hapvida.
Fonte:
AI comunicações