8/16/2019

Médico alerta para fatores de risco de doenças cardiovasculares em mulheres


Estimativa da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) indica que em 2019 mais de 244,8 mil pessoas já vieram a óbito por problemas cardiovasculares no país. Diante desse índice assustador, apesar de ser o grupo com menor frequência de doenças do tipo, as mulheres são as principais vítimas fatais de infarto, somando 60% das mortes, de acordo com informações do Ministério da Saúde.

No Dia do Cardiologista, comemorado em 14 de agosto, o médico do Hapvida Frederico Fonseca de Oliveira, alertou para os fatores de risco das doenças cardiovasculares, direcionando um olhar especial para as mulheres no período pós menopausa, onde há uma maior vulnerabilidade. “Os cuidados que elas devem ter não diferem dos cuidados da população como um todo, no período após a menopausa, que é o período do climatério, a proteção hormonal que as mulheres têm, cessam, então elas passam a ter os mesmos riscos e às vezes até maiores em relação aos homens”, aponta o cardiologista.

Frederico Fonseca de Oliveira sinalizou para os cuidados que não só as mulheres, mas que toda a população deve ter para evitar problemas no coração. Sedentarismo, fumo, hipertensão e obesidade são fatores de risco. “Então os cuidados que elas devem ter é abandonar o hábito de fumar, controlar a pressão arterial, evitar o sedentarismo, o sobrepeso e a obesidade, manter sempre na normalidade os níveis de colesterol, saber combater, compensar o stress do dia a dia, que todo mundo está suscetível”, aponta.

Segundo o cardiologista, na fase do climatério, as mulheres perdem um pouco da proteção hormonal, assim, é essencial observar os hábitos e evitam aqueles que são nocivos à saúde. “Tem que alertar ainda mais ainda sobre esses cuidados porque ela perdeu um pouco da proteção que os hormônios proporcionavam no período em que elas estavam menstruando regularmente”, frisa.

Pacientes oncológicos

O cardiologista Frederico Fonseca de Oliveira relatou para a necessidade dos pacientes que estão em tratamento do câncer também realizarem um acompanhamento com especialistas do coração para evitar qualquer problema. “Em relação às oncologias de uma maneira em geral, os cânceres de maneira em geral, boa parte das drogas que se usa para o tratamento do câncer, a famosa quimioterapia, podem agredir o coração. Então essas mulheres, não só elas, mas também os homens precisam ter um acompanhamento especializado para evitar que essas complicações surjam ao permitir que elas sejam detectadas precocemente para prevenir o risco”, disse.


Uso de hormônios

O médico também fez um alerta quanto ao uso de hormônio para o aumento na proteção cardiovascular, sinalizando que tal prática pode ter o efeito inverso. “Muitas vezes as mulheres usam o hormônio para aumentar a proteção cardiovascular, mas os trabalhos que ainda estão um pouco controversos, mas o que se sabe até o momento é que esses hormônios aumentam o risco cardiovascular e para isso precisa ter um acompanhamento muito próximo de um especialista, no caso o cardiologista”, disse o profissional do Hapvida.





Fonte: AI comunicações