O edital do Patrimônio Vivo do Piauí foi liberado nesta segunda-feira (24) pela Secretaria de Cultura (Secult), inicialmente, a lei beneficiará 30 mestres ou grupos de cultura que atuam em ofícios tradicionais piauienses reconhecidos no Brasil e no mundo, como arte santeira, renda de bilro ou manifestações culturais ligadas à dança, música e literatura de cordel.
Com o aporte financeiro, os artistas ou grupos contemplados transmitirão seus conhecimentos e experiências, visando perpetuar esses ofícios, ajudando a manter viva essa importante tradição para nossa cultura. A lei, criada por meio de projeto da deputada estadual Flora Izabel, contou com a participação efetiva do Conselho Estadual de Cultura do Piauí (CEC), que auxiliou na construção da minuta e nos parâmetros abarcados pelo edital.
O presidente do CEC, o advogado e escritor Nelson Nery Costa enalteceu o lançamento do edital, reiterando que a lei recebe o nome de Cineas Santos, em homenagem ao ilustre professor, editor e produtor cultural, que é um dos maiores entusiastas da iniciativa.
"Uma reconstrução da cultura piauiense, não só das novas vias, mas um reconhecimento, um resgate do nosso passado. Uma oportunidade para que possamos premiar aqueles que dedicaram sua vida à cultura popular; e em segundo lugar, que esse conhecimento não se perca, que ele seja repassado", disse.
Nelson Nery Costa contempla a importância dos artistas e grupos que se enquandram na lei realizarem a inscrição, de modo que o objetivo é perpetuar o conhecimento, repassando às novas gerações, mantendo assim, nossa cultura viva e pujante. "Essa bolsa vitalícia vai ter a oportunidade um mestre congo, reisado, que reproduz o seu conhecimento, acho que o mais importante é isso: salvaguardar nossa memória e nossas formas culturais".
Para participar, as pessoas físicas e jurídicas precisarão preencher alguns requisitos que estão descritos na Chamada Pública. As inscrições já podem ser realizadas pelos Correios ou através do e-mail disponibilizado. Os participantes terão um prazo de 30 dias para realizar a inscrição, e ao chegar as inscrições na Secult, será feita uma análise, pré-seleção e emissão de relatório. Além disso, será disponibilizado um prazo para recursos para quem não for contemplado possa se manifestar. Após isso, os nomes dos candidatos aptos serão enviados ao Conselho Estadual de Cultura para fazer a escolha.
“Após a realização de todos os trâmites legais, as pessoas e grupos selecionados passarão a receber uma bolsa mensal, e em troca elas estarão disponíveis para repassar, de diversas formas, os valores da nossa cultura popular. Esse registro será transcrito em um Livro de Tombo que ficará à disposição pública, e a pessoa passa a receber o título de Patrimônio Vivo do Piauí”, afirmou o secretário estadual da Cultura, Fábio Novo.
Confira o edital, AQUI.
Fonte: AI
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