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2/20/2024

A Prefeitura de Cocal presta assistência a pacientes com hanseníase.

 

Nesta terça-feira (20), a Prefeitura de Cocal (Norte do Piauí) está oferecendo atendimentos a pacientes com hanseníase, que são acompanhados pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), na Unidade Básica de Saúde (UBS) do bairro São Francisco.

A hanseníase, antigamente conhecida como lepra, é causada por infecção com a bactéria Mycobacterium leprae. Ela afeta principalmente a pele, os olhos, o nariz e os nervos periféricos. 


Da esquerda  Iara Veras/coordenadora de Vigilância Epidemiolóca; Dra. Cirene Serpa e Dr. Jonas Brandão.

A médica Dra. Cirene Serpa explica que os sintomas mais comuns da hanseníase incluem: manchas na pele, podendo ser brancas, avermelhadas, acastanhadas ou amarronzadas, com regiões cutâneas com sensibilidade térmica alterada (ao calor e ao frio), dolorosas  e táteis (ao toque); Comprometimento dos nervos periféricos, geralmente com aumento da espessura, relacionado a mudanças na sensibilidade, motricidade e função autonômica; Locais com redução de pelos e suor; Sensação de formigamento e fisgadas, sobretudo nas extremidades das mãos e dos pés; Falta ou diminuição da sensibilidade e força muscular na face, mãos e/ou pés; Presença de nódulos na pele, ocasionando, em alguns casos, dor e vermelhidão. “Essa doença é curável. Mas, infelizmente, ela ainda é endêmica no Brasil. Ela atinge muitas pessoas. A bactéria causadora desse mal é combatida com medicamentos. Você não precisa ficar com medo quando você tiver algum sintoma.  A pessoa, ao sentir os sintomas iniciais, deve procuras o serviço de saúde, pois, a doença pode ser trada mais facilmente, antes que ela possa atingir todo o organismo”.

De acordo com Ministério da Saúde (MP), a propagação dessa enfermidade ocorre no momento em que um indivíduo portador de lepra, na sua forma infecciosa, sem tratamento, libera o bacilo para o ambiente, contaminando outras pessoas mais susceptíveis, ou seja, com maior chance de contrair a doença. A principal forma de disseminação do bacilo pelo paciente é através das vias respiratórias superiores (por meio de espirros, tosse ou conversa), e não através de objetos compartilhados. Além disso, o contágio requer um contato próximo e prolongado. Pacientes com uma baixa quantidade de bacilos - designados como paucibacilares (PB) - não são considerados fontes significativas de transmissão da doença, devido à sua baixa carga bacteriana.

A hanseníase não é transmitida por meio de abraços, compartilhamento de utensílios, roupas de cama ou outros objetos. A transmissão ocorre principalmente através de pessoas multibacilares (MB), que são portadoras de uma grande quantidade de bacilos e permanecem contagiosas até o início do tratamento específico. A doença tem um longo período de incubação, ou seja, o intervalo de tempo entre a infecção e o surgimento dos sintomas, que geralmente varia de dois a sete anos, podendo ser menor ou maior em alguns casos. O Brasil é o segundo país no mundo em número de novos casos de hanseníase registrados.