A solenidade de abertura da CF 2019 foi realizada em Brasília.
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Foto: Edições CNBB/Lilian Lima
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A abertura da
Campanha da Fraternidade 2019, foi realizada na manhã desta Quarta-feira de
Cinzas, na sede provisória da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB),
em Brasília (DF).
Este ano, a Campanha
da Fraternidade (CF) da Igreja no Brasil trata do tema: Fraternidade e
Políticas Públicas inspirada pelo versículo bíblico: “Serás libertado pelo
direito e pela justiça” (Is 1, 27). O objetivo desta campanha é “estimular a
participação em políticas públicas, à luz da Palavra de Deus e da Doutrina
Social da Igreja para fortalecer a cidadania e o bem comum, sinais da
fraternidade”.
O texto-base da CF,
no tópico 8 do capítulo do “Ver” chama a atenção para o fato de que falar de
“Políticas Públicas” não é falar de “política” ou de “eleições”, mas significa
se referir a um conjunto de ações a serem implementadas pelos gestores
públicos, com vistas a promover o bem comum, na perspectiva dos mais pobres da
sociedade.
Segundo o documento,
historicamente, a humanidade superou diversas dificuldades com ações e decisões
coletivas, portanto é possível afirmar que a participação é essencial no
desenvolvimento das sociedades.
A procuradora-geral
da República, Raquel Dodge, participou da cerimônia de abertura.
Em sua fala, a chefe
do Ministério Público Federal (MPF) enfatizou a promoção da fraternidade, “como
princípio que move a Igreja e deve mover o Estado brasileiro”. Para a
procuradora, a CF “pede políticas públicas que ensejem vida digna para todos”.
Citando o Papa
Francisco, para quem a “fraternidade manifesta-se nos deveres de solidariedade,
de justiça social e de caridade universal”, a procuradora apontou para
políticas públicas que estimulam relações fraternas entre brasileiros e
imigrantes. Continuou enumerando realidades que podem ser tocadas pela
fraternidade: redução da violência cotidiana; enfrentamento das muitas formas
de corrupção, de crime organizado e ações ilícitas “que fragilizam direitos e
deixam milhares de pessoas submetidas à força destrutiva da avareza e da
manipulação”.
Ainda: o estímulo ao
trabalho mais vigoroso pela erradicação da violência doméstica; o tratamento
adequado e prioritário ao fenômeno da violência e dos abusos contra crianças e
adolescentes; o impedimento à destruição das florestas, à extinção da fauna e à
degradação de recursos naturais.
Direito e a justiça.
Raquel Dodge encerrou ressaltando que o Estado deve considerar as dimensões do
Direito e da Justiça, expressos no lema da Campanha da Fraternidade 2019: “Esta
Campanha nos convida, finalmente, a refletir sobre o modo como realizaremos o
justo. Propõe que estimulemos fraternidade nos objetivos, na idealização e na
implementação de políticas públicas, que protejam a dignidade humana em uma
sociedade livre, justa, pluralista e solidária”.
“Estou segura de que
esta Campanha fortalecerá políticas públicas de qualidade, comprometidas com a
proteção devida a todos, sobretudo aos mais frágeis e marginalizados. E, nos
passos do Papa Francisco, também concluo: ‘A força da fraternidade […] é a nova
fronteira do cristianismo’ e da humanidade”, finalizou.
Fonte: CNBB