A
Academia Piauiense de Letras (APL) está promovendo nesta sexta-feira, 29 de
novembro, o Seminário Piauí 2100, que discute as perspectivas estaduais para o
futuro, em suas mais distintas nuances, tanto cultural, como socioeconômica. A
abertura foi feita pelo presidente da instituição centenária, Nelson Nery Costa
e pela coordenadora do Seminário, a jurista Fides Angélica.
Na
primeira parte do evento foram realizados os painéis sobre o Panorama
Atual Piauiense, com o Conselheiro de Educação Antônio José Medeiros; o
Secretário Municipal de Educação de Teresina, Prof. Kléber Montezuma; e o
Professor e imortal Dilson Lages discutirá sobre as “Perspectivas Culturais do
Piauí em 2100”.
Na
sequência ocorrerem os painéis sobre “O Piauí rumo a 2100”, com a presença do deputado
federal Júlio César Lima, que tratou sobre “As potencialidades naturais do
Piauí no sec. XXI”; do advogado Ezequias Gonçalves Costa, que discutiu sobre
“Desenvolvimento Socioeconômico Piauiense”; e o acadêmico, economista e
ex-deputado federal Felipe Mendes de Oliveira, que comentou sobre “Economia
Piauiense – atualidades e perspectivas”.
Durante
a sua explanação, Antônio José Medeiros fez uma síntese da economia piauiense,
indicando que ainda há uma disparidade entre o PIB (Produto Interno Bruto) per
capita do Piauí e o PIB per capita nacional. Com o atual ritmo de crescimento,
o pesquisador indicou que o Estado só deve se equiparar à média em meados de
2100. “Se crescermos duas vezes o que cresce o PIB do Brasil, só igualaremos o
PIB do Brasil em 2013, porque são 60% que temos que recuperar. Se crescer três
vezes mais, atingiremos em 2058, e se crescer quatro vezes mais atingiremos em
2043, se crescêssemos quatro vezes mais seria mais seguro”, frisou.
Piauí
tem crescimento de 4,2%
Durante
o painel na Academia Piauiense de Letras, Antônio José Medeiros ainda frisou
para o crescimento assinalado no PIB piauiense nos últimos anos. “Nos últimos
16 anos, 2002 a 2016, série histórica que o IBGE vem calculando o PIB para
todos os Estados, todos os municípios com a mesma metodologia, nós atingimos em
média 4,2% e o Brasil cresceu 2,4%, não chegamos a crescer o dobro do Brasil,
nesse ritmo só vamos igualar o PIB Per capita provavelmente em torno de 2100
mesmo, será que conseguiremos acelerar esse ritmo? É um desafio, porque tudo
indica que o Brasil vai recuperar um ritmo de crescimento”, afirmou.
O
palestrante também colaborou com uma visão sobre o uso tecnológico no futuro e
a força que ele deve ganhar em todos os processos da vida. “A segunda
perspectiva metodológica é analisarmos os processos, o processo de maior
impacto histórico que estamos vivendo e provavelmente nos próximos 20 anos pelo
menos é a chamada revolução da telemática, mistura da informática e da
comunicação à distância, é o computador casado com o satélite, em geral desde
que nossa civilização se tornou de base científica-tecnológica, são as
revoluções tecnológicas que promovem o impacto. É uma revolução que tem como
característica não só a rapidez, liquidez, mas a inovação, e é muito difícil
fazer uma previsão quando você usa a perspectiva da inovação, de modo que é bem
difícil prever como vai se chegar daqui a 80 anos”, complementou.
PALESTRA
RAUL VELOSO – O Seminário segue na Academia Piauiense de Letras e às
19h30, acontece a palestra magna com o economista e ex-secretário de Assuntos
Econômicos do Ministério do Planejamento Raul Velloso com o tema “O Piauí que
desejamos em 2100”.
Fonte:
AI Comunicações