Psicóloga do Hapvida Saúde fala sobre a importância de desenvolver o lado lúdico das
crianças junto a personagem lendária do Natal
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Imagem: Reprodução/Olhar digital |
Mais
um Natal se aproxima e, com ele, os panetones, uvas passas, presentes,
celebrações e também os dilemas que envolvem uma das personagens mais lendários
da cultura natalina, o Papai Noel. Os pais devem contar ou não para os filhos
que o bom velhinho não existe? Para os que optam por essa conversa, fica ainda
a dúvida de qual é o melhor momento da infância para a revelação, tendo em
vista que os crescidinhos já se deparam com alguns indícios que de que trata-se
apenas de um personagem do imaginário infantil.
O
fato de as crianças entrarem em contato com a tecnologia e dispositivos
eletrônicos cada vez mais cedo, além do fácil acesso à internet, geralmente faz
com que descubram por conta própria a verdade sobre a personagem. Nestes casos,
sobra aos pais a função de confirmar a versão.
Não
há comprovação de que acreditar ou não em Papai Noel pode causar alguma
interferência no processo de amadurecimento das crianças. O fato é que, com ou
sem Papai Noel, é importante que as crianças desenvolvam o lado lúdico e o
imaginário fomentados pelas fantasias que compõem nossa cultura.
O
psicóloga do Hapvida Saúde, Alana Campelo, diz que pode ser positivo manter
viva a crença no Papai Noel. “A criatividade lúdica da criança se desenvolve ao
acreditar nas histórias que se conta, que se vive. Não se trata de uma
‘mentira’ e sim de uma construção mágica de uma história”, destaca.
A
especialista reforça que o Papai Noel é personagem popular e explicar desde
cedo que ele não existe fará com que a criança tenha de lidar com isso em
outros ambientes. “Podemos perceber que todas as crianças passam a acreditar
nas histórias que se contam ao longo da vida. Histórias que formulam e
amadurecem o lado lúdico. Dizer a verdade e desconstruir desde cedo, pode gerar
uma frustração e angústia na criança, que terá de conviver com esse imaginário
na vida social (tv, desenhos, outras famílias, outras crianças etc)”, completa.
Cada
família
Na
opinião da psicóloga Alan Campelo, incentivar ou não a crença no bom velhinho
depende da conduta de cada família. “O importante é não perder o espírito do
Natal, que nos remete ao nascimento de Jesus e à importância do perdão, do
recomeço e da possibilidade de reconciliação. Isso deve ser incentivado”,
recomenda.
A
figura do Papai Noel remete à bondade, ao altruísmo, e isso é importante para o
desenvolvimento das crianças, reitera. “Nossos filhos estão acostumados a ter o
mundo girando em volta deles. Hoje é difícil desenvolver em uma criança
sentimentos altruístas, pois nós as educamos para serem individualistas. E o
Papai Noel nos ajuda a trazer este sentimento de valorização do outro”, explica
Alana.
Por
fim, a psicóloga do Hapvida deixa uma dica aos pais que estão em dúvida sobre
contar ou não aos filhos que Papai Noel não existe. “Recomendo deixar a
imaginação fluir e o amadurecimento apresentar a verdade de forma
natural. Nem sempre é necessário 'sentar numa mesa' e conversar sobre as
histórias que a nossa cultura proporciona. Lidamos com essa fase como algo
construtivo na vida psicológica da criança”, conclui Alana Campelo.
Fonte:
AI Comunicações