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Imagem: reprodução/R7.com |
Quando
falamos em sangramento nasal, é comum associar o problema ao tempo quente e seco.
Realmente, a baixa umidade do ar provoca o ressecamento das vias aéreas e é
responsável por grande parte dos casos de rompimento dos vasinhos nasais.
Porém, doenças, traumas e hábitos ruins também podem estar por trás da
condição, mesmo quando a umidade do ar está alta, acima de 60%.
Existem
dois tipos de epistaxe ou hemorragia nasal. A anterior ao nariz, que é a mais
comum e ocorre à frente dele, onde é grande a concentração de vasos sanguíneos
frágeis, e a posterior ao nariz, mais no fundo dele e com efeitos mais sérios,
pois nessa região ficam artérias grandes que se relacionam com o restante da
face e que ao se romperem pulsam e jorram tanto sangue que a pessoa, por falta
dele, pode precisar de uma transfusão.
"Na
epistaxe anterior, o sangue sai pelas narinas e depois de alguns minutos para
espontaneamente. Já na posterior, sente-se o sangue escorrer por dentro da
garganta de maneira mais intensa, causando desconfortos e mal-estar",
explica Eriverton Ferreira, otorrinolaringologista do Hapvida Saúde
Doenças,
traumas e hábitos ruins independente de sexo ou idade, qualquer um está sujeito
a ter um sangramento nasal por fratura; esforço excessivo ao assoar o nariz;
exposição prolongada ao tempo seco ou ao ar-condicionado; deformidades
anatômicas (como desvio de septo, que deixa as mucosas nasais mais finas e
ressecadas e os vasos mais expostos, podendo causar sangramento); inalação
acidental ou constante de produtos químicos; inflamações secundárias a
infecções do trato respiratório por doenças de origem viral ou bacteriana, além
de processos alérgicos.
Em
se tratando de crianças, 30% das que têm entre 2 e 5 anos e 56% entre 6 e 10
anos estão propensas a terem sangramentos nasais, ao menos, uma vez por ano. É
que na infância, além de haver muitos vasinhos em formação dentro do nariz,
também é grande o risco deles se romperem por inflamações respiratórias
causadas por gripes, sinusites e rinites, além de traumas por quedas e
brincadeiras e introdução de dedos e objetos estranhos nas narinas
Na
fase adulta, outras causas, além das já citadas, incluem hipertensão arterial
descontrolada, insuficiência cardíaca, tumores cancerígenos e doenças que
comprometem a coagulação do sangue, como hemofilia, leucemia, insuficiências
hepática e renal e linfomas.
Sangramentos
relacionados a alterações sanguíneas podem ocorrer ainda por uso diário ou
doses elevadas de anti-inflamatórios, como aspirina, e de outros medicamentos
que aumentem a circulação, ou por alcoolismo severo, que provoca deficiência de
vitamina K, responsável pela coagulação
Por
falar em excessos e dependências, usuários de drogas inalantes, como cocaína,
também estão suscetíveis a sofrerem lesões nas mucosas, que podem criar
crostas, infeccionar e sangrar. "Outras substâncias que oferecem risco às
narinas são os descongestionantes nasais, que não devem ser usados por crianças
e adultos por mais de cinco dias. Tanto os de uso local como de uso oral
apresentam reações adversas que predispõem a ruptura de vasos sanguíneos"
explica o médico otorrinolaringologista do Hapvida Eriverton Ferreira.
Fonte:
AI Comunicações