O Grande Tamarineiro
Símbolo de uma época, em que os vagabundos, tinham medo
de seus Cipós. Quem nunca ouviu falar da lição de moral que ficava registrado
nas costas dos insubordinados.
Era o BO: batia e orientava
Sua sombra confortou durante décadas, todos que ali, chegavam.
Como testemunha ocular da história vivenciou inúmeros fatos históricos. Hoje,
nas primeiras horas do amanhecer, ouviu se, os gemidos e sons de um motor serra
decepando seus galhos. Sem nenhum julgamento, a bela tamarineira fora
condenada, pelo um único crime. Proteger os infortunados, motos apreendidas e a
todos
com sua sombra.
Lentamente foi sendo decepada.
No final do dia, apenas um tronco, feio e solitário, era
velado por todos que ali passavam.
O céu chorou com uma fina camada de chuva.
Mutilada, tentará sobreviver e brotar no futuro, com seus
galhos e Cipós, com a mesma força que a fez símbolo de moral e justiça de uma
cidade chamada COCAL.
(João Passos)
Fonte: Professor João Passos - escritor, poeta, historiador