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Imagem: Reprodução/Revista seleções |
Estimativa
da Sociedade Brasileira de Diabetes aponta que mais de 13 milhões de
brasileiros são acometidos pela doença, que está incluída entre os fatores de
risco da covid-19. Para um tratamento adequado e controle célere, no intuito de
postergar as complicações crônicas da diabetes, o diagnóstico precoce é
imprescindível. Pensando nisto, neste mês é celebrado o ‘Novembro Diabetes Azul’,
campanha que pauta a conscientização e no contexto de pandemia em que vivemos
alerta para a necessidade de ampliar o conhecimento da população sobre a
enfermidade.
Pensando
nisso, o endocrinologista e mestre em Diabetes Leonardo Maia sintetiza os
riscos inerentes ao problema, alertando a população sobre a importância de
realizar o exame para detecção da doença. "A intenção é tentar fazer com
que a população procure fazer um diagnóstico precoce do Diabetes, pois quanto
mais cedo a gente diagnostica mais fácil é para controlar e manter o controle
do diabetes, a importância de você fazer um diagnóstico e um tratamento precoce
do diabetes, se dá pela própria história do diabetes, antes do advento da
insulina, a sobrevida do paciente diabético era de apenas 4 anos e meio, após o
advento da insulina essa sobrevida aumentou e com o aumento da sobrevida veio o
surgimento das complicações crônicas do diabetes, podem ser elas
microvasculares, que seria a retinopatia, a nefropatia e neuropatia diabética e
as complicações macrovasculares, que é a doença arterial coronariana, que é o
famoso infarto, a acidente vascular cerebral, que é o famoso derrame, e também
a doença arterial periférica, que é aquela ferida que não sara",
afirmou.
O
médico Leonardo Maia revela que a hipercoagulabilidade do diabetes se une a
outra hipercoagulabilidade da covid-19, aumentando a mortalidade dos pacientes
com esta comorbidade. "Quanto mais cedo a gente trata e controla, mais a
gente posterga essas complicações, atualmente no contexto da pandemia
verificou-se que o diabetes é um dos fatores de risco para a mortalidade nos
pacientes com covid-19, porque o diabetes ele leva uma situação crônica de
hipercoagulabilidade sanguínea, por isso o AVC e o derrame, e a Covid-19 leva a
uma hipercoagulabilidade, tanto que uma das complicações são as microembolias
pulmonares, bem marcadas por um exame, o dedímero, então você já tem um estado
basal de hipercoagulabilidade que seria o diabetes, junto a outro estado de
hipercoagulabilidade, este agudo, que é a Covid-19, por isso o aumento da
mortalidade dos pacientes diabetes", disse.
Fatores
de risco
Na
campanha Novembro Diabetes Azul, o endocrinologista Leonardo Maia alerta para
os grupos mais suscetíveis ao diabetes, citando as pessoas com mais de 45 anos,
os pacientes com obesidade e aqueles que possuem histórico da doença na
família. "Por fim, o que a gente quer com essa campanha, o Novembro Azul,
utilizamos para esta conscientização e tentativa de diagnóstico precoce,
primeiro o que leva uma pessoa a ser diabética: a idade, quanto mais velho,
maior a probabilidade de você se tornar diabético; segundo: a história
familiar, se você tem um pai, uma mãe que foi diabético, você tem 50% de chance
de se tornar diabético e terceiro: a obesidade, o paciente obeso tem 28 vezes
mais chances de se tornar diabético do que uma pessoa com peso normal, índice
de massa corpórea abaixo de 25", destacou.
As
pessoas que estão nestes grupos necessitam ter uma maior frequência na
realização dos exames, como explica o médico. "Então essas situações são
chamadas situações de risco, então deve ser feito o rastreamento na população
maior de 45 anos, deve fazer glicemia em jejum pelo menos uma vez ao ano; os
pacientes obesos mesmo abaixo de 45 anos deve fazer esse exame, e também
aqueles casos com histórico familiar que devem fazer também uma vez por ano. As
outras pessoas com menos de 45 anos podem fazer a glicemia, e é bom que faça de
3 em 3 anos, como advoga a Sociedade Brasileira de Diabetes, mas os grupos
principais são esses três primeiros: pacientes com mais de 45 anos, obesos e
com histórico familiar", complementou.
Fonte:
AI Comunicações