Celular em mãos e em
questão de segundos uma foto é feita, editada e rapidamente postada nas redes
sociais. Compartilhar o dia a dia em busca de likes têm se tornado uma prática
cada vez mais comum na sociedade atual. Um estudo desenvolvido pela Kaspersky
Lab na América Latina, em conjunto com a empresa de pesquisa chilena
Corpa, mostra que um em cada quatro brasileiros prefere ter sua casa ou carro
roubados em vez de ter suas redes sociais invadidas e perder o acesso a elas
para sempre. Diante disso, o psicóloga clínica do Hapvida, Érica Vanessa
Retrãp, faz alerta sobre a busca desenfreada por reconhecimento e likes através
das redes, lembrando que é preciso entender o sentido para utilização de uma
rede social.
“Compartilhar um
momento especial para que outros possam se inspirar, tornar notória a alegria,
a emoção, sem a obrigatoriedade de ter um longo alcance de pessoas que talvez
você nem conheça pode ser libertador. É natural desejar tornar pública a sua
experiência, e a ausência do número de likes nos poupará do desejo de
aprovação e reconhecimento”, alerta.
A expectativa é de
que mesmo diante da frustração com o fim dos likes, pouco a pouco as pessoas
começarão a entender o sentido de se utilizar uma rede social ou de postar uma
fotografia. “O importante é compreender que quem precisa estar feliz e
satisfeito com a nossa vida somos nós mesmos”, afirma.
Com base na
pesquisa, ela destaca que na conta de rede social é possível o sujeito mostrar
quem gostaria de ser integralmente ou quem acredita ser e, a partir do momento
em que se tem a conta hackeada, apresenta um sentimento de invasão da sua vida
e isso explica o fato de muitos preferirem ter uma casa ou carro roubados ao
invés das redes sociais.
O alerta do
especialista nos faz entender casos como o hackeamento da conta do Instagram da
atriz Marina Ruy Barbosa, esta semana. “A idéia de ter uma conta de rede social
hackeada transmite a sensação de invasão, de seqüestro de identidade. Não saber
o que farão com a nossa imagem, o que publicarão em nosso nome causa temor.
Além de dados particulares que ficarão nas mãos de quem não se sabe quem é”,
esclarece.
Um alerta importante
diz respeito a emissão de juízo de valor baseado em informações nas redes
sociais, lembrando que não se deve deixar influenciar por opiniões alheias.
Para o psicólogo, é necessário ter muita segurança e auto reconhecimento para
usar as redes sociais com equilíbrio emocional. O suicídio da blogueira
que foi deixada no altar e recebeu diversas críticas por, ainda assim, ter
curtido a festa que estava pronta, é um alerta para esse tipo situação.
Relacionamento –
Apesar de todo esse processo ser natural, seja com as questões da insegurança
pela conta hackeada ou pelas curtidas e comentários ao qual o indivíduo que
possui uma rede social está submetido a sofrer, o psicólogo também reforça a
necessidade de manter a atenção para relacionamentos que ultrapassam o ambiente
virtual.
Fonte: AI Comunicações