A esporotricose é uma doença causada por um fungo do gênero Sporothrix. Ela é considerada uma micose, pois atinge principalmente a pele, mas pode se espalhar para outras partes do corpo. Essa infecção geralmente acontece quando o fungo entra no corpo por meio de arranhões, mordidas de animais (principalmente gatos) ou por acidentes com espinhos, palhas, madeiras e plantas em decomposição.
Como a pessoa pode pegar esporotricose?
A forma mais comum de transmissão é pelo contato com gatos infectados, seja por arranhões, mordidas ou contato direto com feridas do animal. Também é possível pegar ao manusear plantas e madeiras sem proteção, principalmente em áreas rurais.
Quais são os sintomas?
A doença pode se apresentar de várias formas. Veja as principais:
Esporotricose cutânea: ferida na pele parecida com uma picada de inseto que vai piorando com o tempo.
Esporotricose linfocutânea: forma mais comum, com carocinhos (nódulos) que se espalham pela pele, seguindo o caminho dos vasos linfáticos.
Esporotricose extracutânea: o fungo atinge outras partes do corpo, como ossos, articulações e mucosas.
Esporotricose disseminada: forma mais grave, quando o fungo se espalha por vários órgãos.
Os sintomas mais comuns são feridas que não cicatrizam, inchaços, dor, e, em casos mais graves, tosse, febre e dificuldade para respirar (quando afeta os pulmões).
Como é feito o diagnóstico?
O médico pode suspeitar da doença pelos sinais no corpo, mas é necessário confirmar com exames de laboratório. Geralmente se coleta uma amostra da ferida para identificar o fungo. Em casos graves, pode ser preciso analisar sangue, escarro ou outros líquidos do corpo.
E o tratamento?
O tratamento é feito com remédios antifúngicos, como o itraconazol, que é oferecido gratuitamente pelo SUS. Em casos mais graves, podem ser usados outros medicamentos mais fortes. O tempo de tratamento varia, podendo durar de 3 meses até 1 ano, dependendo da gravidade.
Como se prevenir?
A melhor forma de prevenção é evitar o contato com o fungo. Veja algumas dicas:
Use luvas e roupas de manga comprida ao mexer com plantas, madeira ou terra.
Sempre use calçados fechados em atividades rurais.
Tenha cuidado ao lidar com gatos doentes e procure um veterinário.
Use luvas e máscaras ao cuidar de animais com suspeita da doença.
Não abandone nem enterre gatos mortos com suspeita de esporotricose. O ideal é que o corpo seja incinerado, para evitar a contaminação do solo.
Quando procurar um médico?
Se você tiver uma ferida que não cicatriza, principalmente após contato com um gato ou plantas, procure um dermatologista ou infectologista. Quanto mais cedo começar o tratamento, melhor será a recuperação.
Por Evaldo Neres
Fonte de Pesquisa: Capital.sp.gov, drauziovarella.uol.com.br, universodasaudeanimal.com.br